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Leishmaniose: fêmea do mosquito-palha é o vetor da doença

A leishmaniose visceral é uma zoonose ( transmitida de animais para humanos ou de humanos para animais), causada pelo protozoário parasita Leishmania infantum e transmitida a partir de um mosquito-palha (do gênero Lutzomyia) infectado. Considerada um grave problema de saúde pública, a leishmaniose pode causar a morte tanto do animal quanto do humano infectado.


Mosquito-palha: o vetor da doença

O mosquito-palha gosta de se proliferar em locais úmidos, com sombra e onde há uma grande presença de matéria orgânica. Esse mosquito tem cor amarelada, corpo delgado, patas compridas, asas longas e estreitas. Na transmissão da leishmaniose a fêmea do mosquito-palha é quem se alimenta do sangue de animais ou humanos.


A sua forma de transmissão ocorre da seguinte forma (confira na imagem): a fêmea do mosquito-palha infectado pica o cão e o contamina com o protozoário. O cão, já infectado, não é transmissor da doença, servindo apenas como hospedeiro, um reservatório. Quando o mosquito o pica, este passa a ser o transmissor. Como os seres humanos têm muito contato com os cães, em locais onde o mosquito-palha se faz mais presente os riscos de contrair a doença são maiores.


Sinais clínicos da doença e tratamento

O parasita causador da leishmaniose ataca o sistema imunológico, e os principais sinais clínicos que um cão apresenta quando está com leishmaniose são: febre prolongada, lesões e infecções na pele (que demoram a curar), crescimento das unhas (que ficam espessas e em formato de garras), problemas oculares, anemia, perda de peso, diarreia, vômito e em casos mais graves, lesões nos órgãos internos.


O diagnóstico da doença é feito através dos sinais clínicos e testes sorológicos e parasitológicos. Feito o diagnóstico, é importante considerar que não há cura para a leishmaniose, já que o parasita continua vivendo no cachorro, mas o tratamento permite uma diminuição da carga da Leishmania, o que ajuda a conter os prejuízos da doença e proporcionar mais qualidade de vida ao animal.


Prevenção

As melhores formas de conter o avanço da leishmaniose é cuidando da higiene do ambiente em que o cão vive, a fim de evitar a proliferação do mosquito-palha, uso de telas de proteção contra mosquitos e, a mais importante para evitar a disseminação da zoonose: a vacinação.


A primeira dose da vacina deve ser dada em cães soronegativos (que comprovadamente não apresentam o parasita) para Leishmaniose Visceral Canina a partir dos 4 meses de idade. O protocolo completo de vacinação inclui três doses, que deve respeitar um intervalo de 21 dias entre as aplicações. A revacinação deve ser feita um ano após a primeira dose e, o reforço deve ser anual.


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