Doença acomete felinos domésticos em idade adulta e geriátrica
As doenças periodontais são muito comuns nos pets! E os felinos tem duas doenças que acometem somente eles: a Lesão de Reabsorção Dentária Felina – antes chamada de Lesão de Reabsorção Odontoclástica Felina – e o Complexo Gengivite-Estomatite-Faringite. Neste texto vamos falar sobre a primeira doença.
A Lesão de Reabsorção Dentária Felina é uma doença geralmente comum nos felinos, e que ocorre com maior frequência nos gatos domésticos, em idade adulta e geriátrica.
As lesões de reabsorção consistem na perda de esmalte, dentina (tecido conjuntivo que forma o corpo do dente, para suportar a fragilidade do esmalte), e cemento (tecido que recobre a raiz dentária).
O que ocorre clinicamente é que há uma reabsorção da coroa do dente afetado, que pode chegar às raízes ou, até mesmo, à perda do dente. O tecido da gengiva pode ficar inflamado e o dente afetado passa a ficar coberto pela gengiva. Esse tipo de lesão ocasiona perda óssea e um afrouxamento dentário. As lesões de reabsorção podem ser de superfície (secundárias e reversíveis, mas que podem progredir), inflamatória ou não-inflamatória.
Quais os sinais clínicos da Lesão de Reabsorção Dentária Felina?
Além da reabsorção, que muitas vezes só é identificada no consultório veterinário, o gato também pode apresentar inchaço na gengiva, anorexia, dificuldade para deglutição, mau hálito, perda de peso, e letargia. Outro sinal é que o animal, ao sentir dor ou desconforto, começa a preferir alimentos moles e evita as rações e petiscos mais duros.
Quais as causas?
As causas da Lesão de Reabsorção Dentária Felina não são definidas, ou seja, não há uma comprovação científica que defina exatamente o que pode desencadear essas lesões. Entretanto, estas podem estar associadas a agentes infecciosos (como calicivírus, FiV e FeLV), estresse da mastigação, inflamação e, algumas hipóteses indicam a relação da Lesão com o excesso de vitamina D na alimentação, relacionando-a a uma condição dietética.
E o diagnóstico, como é feito?
O diagnóstico é feito a partir da anamnese (análise do histórico, exames, sinais clínicos e outras doenças que o animal teve ou tem) e inspeção visual da veterinária. Se por acaso a lesão estiver na raiz, o gato pode não apresentar sinais clínicos, ainda que o dente fique fraco e possa sofrer fraturas. Por isso, exames radiográficos também podem ser solicitados.
Tratamento
O tratamento se dá conforme o grau de lesão e comprometimento da área. Em algumas situações se pode optar por uma restauração, embora seja um procedimento difícil e que pode ter recidiva. O tratamento que costuma ser o mais indicado é a exodontia, a remoção cirúrgica do dente, a fim de garantir que a dor seja eliminada e que o gatinho tenha uma boa qualidade de vida.
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