A Doença Periodontal é mais comum nos pets do que podemos imaginar
Segundo dados do IBGE o Brasil já é o segundo país do mundo na quantidade de animais de estimação – incluindo cães, gatos, aves, entre outros. Em 2018, conforme o Instituto Pet Brasil, havia 54,2 milhões de cães de estimação no Brasil. Já os gatos somam 23,9 milhões! Esses dados mostram como mudamos a forma como criamos vínculos afetivos com nossos pets, fazendo com que eles sejam parte da nossa família!
Além disso, temos cada vez mais uma preocupação maior com o bem-estar, a saúde e a longevidade de nossos cães e gatos, não é verdade?! E você sabia que cuidar dos dentes deles pode ser fundamental para que eles se mantenham sempre dispostos e nos acompanhem por muitos anos?!
A higiene bucal ainda não é uma prática muito recorrente no cuidado animal, e estima-se que cerca de 80% dos cães e gatos de estimação apresentam algum grau de doença periodontal até os dois anos de idade!
A doença periodontal pode ocorrer em diferentes estágios, podendo evoluir de uma gengivite para uma periodontite branda, moderada ou grave. E mais: as bactérias envolvidas na doença periodontal podem atingir a corrente sanguínea do pet e se alojarem em órgãos vitais, como o coração, rins e fígado, causando alterações sistêmicas secundárias e prejudicando a saúde do seu animalzinho.
Mas então, quais são os sinais clínicos mais comuns de que algo não vai bem na saúde bucal do seu pet?
O primeiro sinal mais evidente de que algo pode estar errado é o aparecimento do mau hálito, seguido de inchaço e edema na gengiva, que evidenciam acúmulo de tártaro, o que pode causar uma inflamação. Outros sinais incluem o excesso de salivação, perda de apetite, retração da gengiva, dor e a perda dos dentes.
Vale ressaltar que quando o animal está com gengivite – inflamação da gengiva – um tratamento adequado pode reverter o problema. Já no caso de periodontites – quando o
diagnóstico é tardio – o problema se torna maior,
pois envolve estruturas mais profundas.
Escovação diária: Como cuidar da saúde bucal dos pets
É muito importante que tutores e tutoras pensem em um programa completo de saúde odontológica para seus pets. O que isso quer dizer? Além de levá-los à veterinária e fazer uma limpeza dental nos pets quando necessário, é preciso que cada tutor/a se comprometa a cuidar da saúde bucal dos seus cães e gatos em casa! Como?! Fazendo a escovação, utilizando petiscos funcionais e cuidando da alimentação!
Como escovar?
Escovar os dentes do seu pet exige calma, dedicação e paciência! O ideal é que ele se habitue desde filhote, tão logo a troca da dentição estiver completa. A escovação deve ser feita uma vez ao dia ou, não sendo possível, ao menos 3 vezes na semana. Algumas dicas que podem ajudar: - Comece massageando a região do fucinho do animal, sempre brincando e elogiando ele.
- Coloque a pasta de dente – veterinária! – no seu dedo e comece a massagear a gengiva do pet (não precisa abrir sua boca, basta encaixar o dedo com a pasta em sua boca). O gosto da pasta vai entretê-lo!
- Faça associações positivas: ele deve associar a escovação a um momento feliz do dia! Você pode levá-lo para passear em seguida, ou brincar com ele logo após a escovação.
- Escova de dentes: existe uma variedade no mercado, mas somente comece a usar a escova – sempre com cerdas macias – quando ele já estiver bem habituado! Faça movimentos rotatórios e bem suaves.
Quais os cuidados?
- Opte por uma escova de cerdas bem macias!
- Use pastas veterinárias: Não dê pastas de dente comuns ao seu pet! A pasta de dente específica para animais permite que eles a engulam, evitando alergias e distúrbios gastrointestinais.
- Fique atento aos sangramentos: logo que o seu pet está se habituando à escovação pode haver um discreto e rápido sangramento, mas se ele persistir procure ajuda veterinária.
Meu pet não me deixa fazer a escovação: quais produtos ajudam?
Muitos cães e gatos realmente são relutantes a este hábito, e por isso você pode optar por alternativas como os chews, que são tiras mastigáveis com função enzimática para prevenir a formação de placa bacteriana, evitar o mau hálito e estimular a produção de saliva.
Outra opção são as soluções orais, que também ajudam tanto no controle da placa bacteriana quanto na redução do mau hálito.
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